Shopaholics: quando a compra vira vício

O termo “shopaholics” é utilizado para as pessoas consideradas viciadas em compras. Esse desequilíbrio pode ter sérias consequências. Leia mais no nosso post.


 

Há alguns anos, a compulsão por compras vem ganhando atenção de psicólogos e outros profissionais, com o objetivo de compreender e tratar os “shopaholics”, compradores compulsivos que aumentam a cada dia. 

Segundo a Faculdade de Medicina da USP, a FMUSP, os shopaholics devem ser tratados como portadores de distúrbios psicológicos com sintomas diferenciados de outras patologias, como o TOC e o transtorno bipolar. Esse foi o resultado de uma pesquisa realizada pela entidade.

Isso mostra que os shopaholics não possuem planejamento nas suas ações e, por conta disso, não conseguem fugir do impulso de comprar, o que, muitas vezes, é uma fuga dos seus problemas e tristezas.

Eles sentem-se bem ao comprar e isso começa a tornar-se um comportamento obsessivo, difícil de ser vencido. Quem sofre desse distúrbio psicológico realmente sente que aquilo que comprou é útil ou ainda que algo está faltando e precisa ser adquirido com urgência, mesmo que isso não corresponda à realidade. Muitas vezes, essa situação gera problemas financeiros e pessoais. 

Além de todos os problemas já citados, boa parte de quem sofre desse problema chega a esconder os produtos que compraram ou ainda mentem para os familiares e amigos sobre suas finanças. Outra característica é que os shopaholics adoram cartões de crédito e vivem, muitas vezes, em função de pôr as contas em dia. 

Resumindo: o shopaholic consome pelo prazer e não pela necessidade. Infelizmente, a maioria deles só procura ajuda quando está no fundo do poço, a exemplo do dependente químico. 

Alguns, inclusive, precisam de medicamento e terapia. Existem grupos de apoio aos shopaholics, os Devedores Anônimos, as reuniões acontecem tanto em canais digitais, como presencialmente em boa parte das cidades brasileiras, o funcionamento é semelhante aos grupos dos AAs. 

De forma geral, todos nós somos tentados, todos os dias, para comprarmos por impulso. É papel das propagandas e publicidades.

Comprar traz satisfação, mas, precisa ser feito de forma consciente para não perdermos o controle. Um comprador considerado “normal” consegue fazer um planejamento dos seus gastos, ou seja, só compra aquilo que pode pagar. Além disso, sabe controlar suas finanças e prioriza suas necessidades antes de gastar, sem sentimento de culpa ou ansiedade se tiver que esperar mais alguns meses para comprar.

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